PF indicia mulher por tentativa de agressão a Flávio Dino

Justiça

A Polícia Federal (PF) indiciou nesta terça-feira (2) uma mulher que tentou agredir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, durante voo entre São Luís e Brasília. A acusada, cujo nome não foi divulgado oficialmente, vai responder pelos crimes de injúria e incitação do crime.

O episódio ocorreu na tarde de segunda-feira (1º), às vésperas do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus da trama golpista. Dino é um dos integrantes da Primeira Turma da Corte, responsável pelo julgamento.

Segundo testemunhas, ao avistar o ministro sentado em uma das poltronas da aeronave, a mulher passou a gritar que o “avião estava contaminado” e afirmou que “não respeita essa espécie de gente” em referência a Dino.

Em seguida, tentou avançar contra o ministro, mas foi contida pelos seguranças. A PF identificou a mulher ao final do voo, após ação de agentes que atuam no aeroporto de São Luís em contato com a superintendência em Brasília.

Em nota, a assessoria de Flávio Dino repudiou o episódio:

“A assessoria do ministro Flávio Dino lamenta o ocorrido e informa que todas as medidas cabíveis foram adotadas pelas autoridades competentes. Agressões físicas e verbais, ainda mais no interior de um avião, são inaceitáveis, inclusive por atrapalhar outros passageiros e colocar em risco a operação do próprio voo, que é um serviço essencial.”

Reações e solidariedade

Após o episódio, Dino recebeu manifestações de apoio de diversas entidades.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) afirmou que o caso representa um “retrocesso de civilidade” e uma perigosa escalada de intolerância contra o Judiciário:

“A AMB se solidariza com o ministro e reitera que não admite manifestações que ultrapassam o debate público e assumem contornos de intimidação. O Brasil precisa de diálogo, responsabilidade e civilidade para enfrentar seus desafios – e não de ameaças à magistratura.”

A Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA) também se manifestou em defesa do ministro:

“A liberdade de expressão e o pluralismo de ideias, fundamentos do Estado Democrático de Direito, não se confundem com permissões para agressões ou manifestações que incitem ao ódio e à violência, inclusive de natureza moral, contra qualquer cidadão.”

Em suas redes sociais, Dino agradeceu o apoio recebido:

“Independentemente deste deplorável episódio de que fui vítima, o que importa é a afirmação de valores de boa educação, respeito ao próximo e busca da paz.”


🔖 Fonte: Agência Brasil
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