O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (29) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste, no prazo de cinco dias, sobre o novo pedido de soltura apresentado pela defesa do general da reserva Walter Braga Netto.
Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, está preso desde dezembro de 2024. Ele é acusado de tentar obstruir as investigações relacionadas à tentativa de golpe de Estado que buscava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O general integra o grupo de réus do núcleo crucial, cujo julgamento está previsto para começar na próxima terça-feira (2).
No início deste mês, em 6 de agosto, Moraes já havia negado a liberdade ao militar. Na ocasião, destacou que havia fortes indícios da participação de Braga Netto na trama golpista.
“Ressalto que estão presentes os requisitos do art. 312 [CPP] em relação a Walter Souza Braga Netto, o que justifica a manutenção da custódia cautelar para assegurar a aplicação da lei penal e resguardar a ordem pública, em face do perigo gerado pelo estado de liberdade do custodiado e dos fortes indícios da gravidade concreta dos delitos imputados”, escreveu Moraes na decisão.
As apurações conduzidas pela Polícia Federal apontam que o general, considerado um dos principais articuladores do plano, teria buscado acesso a informações sigilosas da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
A defesa do militar, por sua vez, nega que ele tenha tentado obstruir as investigações.
📌 Fonte: Agência Brasil
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