O governo brasileiro avançou nesta quinta-feira (28) na aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica contra os Estados Unidos, em resposta ao tarifaço de 50% imposto pelo governo norte-americano a produtos brasileiros.
A lei, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada em abril pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autoriza o Brasil a adotar medidas de retaliação tarifária sempre que outros países impuserem barreiras que prejudiquem a competitividade das empresas nacionais.
Ajuda nas negociações
Com a decisão, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) — colegiado formado por 10 ministérios e responsável por coordenar as políticas de comércio exterior — iniciou um processo que inclui a notificação formal dos Estados Unidos sobre a reação brasileira ao tarifaço.
Após missão oficial no México, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou que a lei pode reforçar a posição do Brasil nas tratativas com os norte-americanos.
“Espero que isso até possa ajudar a gente acelerar o diálogo e a negociação. Essa é a disposição que o Brasil sempre teve. Precisamos lembrar que temos 201 anos de parceria e amizade com os Estados Unidos e que temos uma boa complementariedade econômica”, afirmou Alckmin.
Aço e carvão
Ele mencionou o setor siderúrgico como exemplo de interdependência entre os dois países.
“Nós somos o terceiro comprador de carvão siderúrgico dos Estados Unidos [utilizado para a fabricação de aço]. Fazemos o semiplano e vendemos para os Estados Unidos, que fazem o aço para o automóvel, para o avião, para as máquinas. Você tem uma complementariedade, uma integração. Essa é a lógica do comércio exterior”, explicou.
O vice-presidente acrescentou ainda:
“Quem ganha é o conjunto da sociedade com produtos mais baratos que beneficiam a sociedade”.
📌 Fonte: Fonte: Agência Brasil
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