O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou em reunião com líderes partidários nesta quinta-feira (7) que não pautará o pedido de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes — mesmo que as 81 assinaturas necessárias, representando a totalidade da Casa, sejam reunidas.
A declaração ocorre no contexto de forte pressão da oposição, que conseguiu reunir 41 assinaturas — o mínimo exigido para admissibilidade de um processo de impeachment. No entanto, o controle absoluto da agenda legislativa está nas mãos de Alcolumbre.
Em tom firme, Alcolumbre afirmou que a decisão não é numérica, mas de avaliação jurídica e prerrogativa institucional — deixando claro que não cederia à pressão política. A fala foi dirigida inclusive a membros da oposição que vinham articulando a coleta de assinaturas.
O senador Carlos Portinho (PL-RJ) afirmou que o processo de impeachment demanda tempo e maturação, e que o próximo passo seria buscar os 54 votos necessários. Já o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizou a postura de Alcolumbre nas redes sociais, sugerindo que haverá “dois impeachments” se o presidente do Senado persistir na posição.
A afirmação reforça a centralidade do papel da presidência do Senado em processos dessa natureza e, ao mesmo tempo, evidencia a dificuldade da oposição em romper esse bloqueio institucional.
Enquanto a oposição se reorganiza em sua estratégia, o episódio expõe os limites legais e práticos de uma Casa sob comando fechado. O desenrolar da situação pode redefinir rumos institucionais e políticos nos próximos dias, sem possibilidade de trâmite legal do pedido sem a anuência de Alcolumbre.
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Metrópoles, IstoÉ, Gazeta do Povo, CBN Globo, Política Livre.
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