Oposição libera Senado com 41 assinaturas: tensão política em curso

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A oposição no Senado Federal encerrou, na manhã desta quinta-feira (7), a ocupação da Mesa Diretora da Casa após quase 48 horas de protesto. A principal exigência do grupo — a inclusão do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes (STF) na pauta — não foi atendida pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que reiterou sua prerrogativa de decidir o que será votado.

O movimento de ocupação teve início após a decisão de Moraes que decretou prisão domiciliar para o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado e obstrução de processo penal. A oposição considera a decisão do ministro um excesso e vinha pressionando pela sua responsabilização.

Durante o protesto, os senadores da oposição afirmaram ter reunido as 41 assinaturas necessárias para protocolar o pedido de impeachment. O líder do grupo, senador Rogério Marinho (PL-RN), classificou o resultado como uma vitória política e afirmou que a pressão continuará nos bastidores.

O senador Marcos do Val (Podemos-ES), outro foco da mobilização, teve medidas cautelares impostas pelo STF após descumprimento de ordem judicial. A oposição também cobrou a defesa institucional do Senado diante do caso. Alcolumbre teria se comprometido a recorrer das sanções no Supremo.

Apesar das pressões, Alcolumbre declarou que não agirá sob chantagem ou intimidação, lembrando da importância das instituições após os ataques de 8 de janeiro de 2023. “Essa excepcionalidade se deve à recusa em aceitar o resultado eleitoral e à depredação dos Três Poderes”, afirmou o líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA).

Com o fim da ocupação, a sessão ordinária desta quinta-feira foi retomada de forma presencial. Entre os temas aprovados está o projeto que concede isenção de Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até dois salários mínimos, substituindo uma medida provisória do governo.

Na Câmara dos Deputados, uma ocupação semelhante também foi encerrada após mais de 30 horas. Os parlamentares exigiam a votação do projeto que anistia os envolvidos nos atos antidemocráticos de 2022. O presidente da Câmara, Hugo Motta, ainda não se manifestou sobre o andamento da proposta.

A oposição promete manter a articulação política e jurídica para forçar a análise do pedido de impeachment. No entanto, segundo a Constituição, cabe exclusivamente ao presidente do Senado decidir se pauta ou não o tema.

🔚 Fontes:
agenciabrasil.ebc.com.br
cnnbrasil.com.br
gazetadopovo.com.br
www12.senado.leg.br
cbn.globo.com

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